Como fazer um trabalho de Geografia com Criatividade e Foco

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A educação cartográfica precisa proporcionar ao estudante um diálogo com o espaço de modo que ele possa compreender os diferentes elementos gráficos e consiga transpor as representações tridimensionais para as representações bidimensionais na imagem dos mapas, que são um dos recursos indispensáveis para a representação e compreensão do espaço geográfico, capaz de comunicar conhecimentos físicos e humanos de diferentes formas. Rosa (2008), afirma, porém, que de nada adianta construir mapas adequados a diversas circunstancias se seus usuários não forem alfabetizados geograficamente. É necessário respeitar cada etapa cognitiva do desenvolvimento e estimulá-las espacialmente para obter o embasamento adequado no que diz respeito às representações cartográficas. Para as crianças de 4 a 6 anos, os conteúdos encontram-se divididos em blocos denominados organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar, os lugares e suas paisagens, objetos e processos de transformação, os seres vivos e os fenômenos da natureza.



Trabalho criativo geografia - Para as crianças de 0 a 3 anos, o trabalho acontece inserido e integrado a seu cotidiano, destacando-se ideias relacionadas aos objetivos estabelecidos e que podem estar presentes nos mais variados contextos da rotina infantil:


O espaço geográfico é o principal objeto de estudo da Geografia, de modo que a sua compreensão por parte dos estudantes é de extrema importância para a sequência dos temas posteriormente apresentados. Assim, é necessário que o professor considere atender à necessidade de estabelecer uma correta compreensão a respeito desse conceito básico. Os conteúdos indicados nesse Referencial Curricular devem ser organizados e definidos em função das diferentes realidades e necessidades dos alunos, visando promover um conhecimento verdadeiramente significativo. Após a realização das atividades, conclua o tema explicando que a Geografia é a ciência responsável por entender, descrever e apresentar novas maneiras no que concerne à interação entre o homem e o meio natural e social. Passini (2007) se refere à alfabetização cartográfica como uma proposta de transposição didática da Cartografia Básica e da Cartografia Temática para a visão da criança, utilizando o mapa do ponto de vista metodológico e cognitivo, pois o aluno mapeador desenvolverá habilidades necessárias ao geógrafo investigador; de acordo com o autor, são elas: observação, levantamento, tratamento, análise e interpretação de dados.


No presente texto, abordaremos uma sugestão de jogo de Geografia em sala de aula que pode ser executada tanto para descontrair quanto para atrair a atenção dos alunos e trabalhar de forma alternativa os conceitos apreendidos. O jogo de Geografia em questão denomina-se Descobrindo a Palavra e é muito semelhante ao famoso jogo da forca, com a diferença de não haver limites de tentativas e também por envolver a participação de toda a turma, além de contar com pontuações. De acordo com Mendes (2011), a alfabetização cartográfica é um processo de construção de estruturas e conhecimentos favoráveis à leitura e interpretação dos mapas e demais produtos cartográficos, composto, segundo esse autor, por um conjunto de significantes e significados que possam transmitir a realidade de determinado lugar sob a forma de representação espacial. LIMA, Valeska Nogueira de; FARIAS, Paulo Sérgio Cunha. O mapeamento do corpo como um dos procedimentos de iniciação da alfabetização cartográfica da criança na Educação Infantil. Revista Lugares de Educação, Bananeiras, v. 1, n. 1, p. 70-86, jan. /jun. 2011.


Dessa forma, considerando as atuais concepções do processo de ensino-aprendizagem, faz-se extremamente necessário compreender que a Cartografia e a Geografia estão presentes constantemente no nosso dia a dia, representando parte indispensável do desenvolvimento da criança, tornando seu aprendizado um ponto importante a ser discutido. Nesse segmento, essa forma de representação se inicia pelo mapeamento de seu próprio corpo, como expõe Almeida (2007), sustentando que através de um trabalho com o esquema corporal, explorando as noções de lateralidade e proporcionalidade através do mapa do próprio corpo, a criança constrói a ligação concreto x representação e se prepara para a utilização dessas noções em outras representações. Para que essas aquisições se tornem possíveis, surgiu a Cartografia Infantil, com o pioneirismo de Oliveira (1978); esse é um campo de estudos que está à espera do interesse e da dedicação de geógrafos, cartógrafos, educadores e professores para ser desenvolvido. A autora complementa que Uma boa estratégia para dinamizar o contexto educacional na escola é oportunizar a realização de momentos lúdicos.


Nessa perspectiva, antes de mais nada, faz-se necessária, a valorização do processo de alfabetização cartográfica, uma alfabetização diferente, porém não menos importante, que, segundo Gentili (2003), não envolve letras, palavras e pontuação, mas linhas, cores e formas. Buscar na Geografia Escolar elementos para discutir o que ensinar em natureza e sociedade, como parte daquilo que se pode construir em conhecimento de mundo, exige uma tomada de posição sobre a diferença entre ensinar o espaço vivido e efetivamente criar condições para as crianças construírem o espaço geográfico (Nóbrega, 2007). Para essa autora, localização e orientação são habilidades que se transformam em importantes instrumentos de conhecimento cartográfico, contribuindo para a compreensão da totalidade do espaço. Sendo assim, precisam ser mais bem exploradas desde a Educação Infantil. Se a realização do trabalho de campo não for viável ou possível, o professor poderá desenvolver o mesmo método através do uso de imagens, com paisagens que mostrem o equilíbrio (e, por que não, os desequilíbrios) do espaço social com o natural.


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Ainda no que tange às representações e ao espaço físico, pode-se afirmar que o desenvolvimento da psicomotricidade na criança, segundo Rosa (2008), ocorre com atividades especificas de esquema corporal, lateralidade, orientação, localização, discriminação tátil, relações de espaço e tempo, semelhanças e diferenças de objetos, formas e figuras, entre outras, que lhe permitem aprender a se localizar, se orientar e se expressar graficamente. Com base no que foi observado, a construção do pensamento da criança nessa fase se dá sobretudo pela ação; por isso a importância de mapear o corpo como passo inicial para o aprendizado de mapas. Para Almeida e Passini (1989), antes de ser leitora de mapas, a criança deve agir como mapeadora do seu espaço conhecido. Logo, a criança começa mapeando o próprio corpo para compreender e representar o espaço. Essa alfabetização, segundo Mendes (2011), supõe que em sua conclusão o aluno tenha desenvolvido noções de visão oblíqua e visão vertical, imagem tridimensional, imagem bidimensional, alfabeto cartográfico (ponto, linha e área), construção de noção de legenda, proporção, escala, lateralidade e orientação, sendo capaz de decodificar o mapa e compreendendo como a informação sintetizada do espaço geográfico foi realizada. O estudo da Cartografia deve ser precedido pelo estudo de uma Cartografia Infantil, na qual a criança tenha oportunidade de desenvolver atividades preparatórias, para em seguida realizar concretamente as operações mentais de redução, rotação e generalização, que são propriedades fundamentais do processo de mapeamento. Para que o desenvolvimento de uma Cartografia Infantil seja eficaz, é preciso considerar o mapa como um entre os vários tipos de linguagem de que os homens dispõem para se comunicarem e se expressarem (Oliveira, 1978).


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